Atônito no ponto,
rodopiante e tonto,
parece que a cidade é minha pele...
Não é o mal que causa a solidão,
mas o desvio do tráfego, que descamba
na profusão do coração;
é tudo fatalismo,
mas deixe assim por mim,
abaixo o casuísmo,
a dor é uma questão de aptidão,
e quando o blues acabar,
cada um pra sua casa,
e a razão, pra debaixo da ponte dos suicidas,
deixe a cura pra outras vidas, baby,
aqui comigo, o rock errou,
aqui comigo o rock errou...
Intrépido no crime,
o risco não redime,
a corda bamba é meu vício predileto;
não quero ser avesso a nenhum mal,
na hora do meu filme,
eu juro, juro que não morro no final,
mas só se Deus se zangar
mas só se Deus se zangar
é que ponho a mão no coração
e digo: Pai, por que esqueceu de mim na perfeição?
entupo a alma de coisas proibidas,
e o blues me cura outras feridas,
o blues me cura das feridas...
Cruzes de Jesus,
meus destinos trocados,
meus desastres expostos,
eu sou até os ossos, eu,
eu quero é o mais cruel,
e por isso, estou aqui pra declarar,
vim dizer,
que odeio cigarros,
ando a pé,
adoro samba e blues,
e, do meu jeito, tenho fé!
Andei sumida do teu blog, Edu, mas fiquei com saudade desses textos arrebatadores e vim beber um cadinho. Abraco, Luziana, ilheense, agora no Texas e em companhia de um cd carinhosamente por voce.
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