sexta-feira, dezembro 29, 2006

HOJE, APENAS UM DOS MEUS POEMAS ANTIGOS E NADA MAIS.
IMAGINO QUEM SOU EU PARA DEFINIR QUE ATÉ O FIM DO DIA NÃO VÁ ME VENTAR ALGUMA OUTRA NECESSIDADE DE POSTAR ALGO.
MAS, POR HORA, ESTÁ FEITA A MINHA VONTADE...


QUINZE


quinze feridas nas mãos
por quinze flores ter roubado do proibido,
paguei as flores com o preço dos espinhos,
e cumpri o meu destino
como pedras do caminho;

quinze facadas no peito
por quinze pragas ter rogado contra o céu,
eu amarguei a boca com meu próprio riso,
e esquecido do carinho,
fui morar no mundo frio...

quinze misérias nos olhos,
meu amor no barco
me deixando ali,
pasmo em seu partir,
amor que eu neguei, e só quando perdi
vi sua grandeza...

a quinze voltas de chave
eu tranquei o amor
dentro do meu medo, mas me arrependi,
e esperei sofrer
quinze golpes seus
mas o amor, certeiro,
me matou no primeiro...


EDUARDO ALVES

Nenhum comentário:

Postar um comentário

sentiu algo? escreva!